quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Como cheguei ao Barco Luz na Amazônia?


 
esta foto foi feita por mim em uma viagem a comunidade de Jacarequara em 07 de agosto de 2004


Houve um tempo muito difícil em minha vida, conforme DEUS havia me dito que seria. No inicio deste período eu estava em um domingo acordada muito cedo e totalmente entediada dentro de casa, sabe quando você é tomado pelo tédio e fica com o controle remoto da sua TV nas mãos mudando de emissora sem saber o que assistir? Era assim que eu me encontrava naquele domingo. 

Até que uma reportagem, no Programa Bom Dia Caminhoneiro, me chamou a atenção. Era uma reportagem a cerca ad dificuldade encontrada por caminhoneiros em transportar uma grande embarcação hospitalar e missionária que saia do Estado de São Paulo para o Amazonas. O Programa mostrou a embarcação e a que ela se destinava, e as dificuldades encontradas ao longo do caminho para a realização daquele transporte.


Fique totalmente absorvida na frente do televisor com a idéia de ter na minha região um barco como aquele, mas que infelizmente se destinava a Manaus e não a Belém onde eu residia naquela ocasião. Chamei amigos e familiares para assistirem comigo a reportagem, não me deram menor importância e sem entenderem porque eu estava tão encantada me deixaram sozinha assistindo a TV. Eu em silencio falei pra DEUS:

"poxa Senhor, se esta embarcação viesse para Belém e não para Manaus, eu queria muito trabalhar nela, em qualquer coisa"

Acabou a reportagem, o programa, fui fazer outras coisas e a vida seguiu como deveria seguir. Lá a diante, anos depois, me encontrei em tamanha dificuldade que comecei a entrar em desespero e clamar por respostas  ao Senhor. Estava eu doente, sem família, sem lar, sem trabalho, era eu e DEUS, mas tudo seguindo o que ELE havia me dito que aconteceria. Em minha busca por respostas me encontrei em uma pequena igreja onde o Pastor me disse:

"o Senhor manda te dizer que este tempo ruim está no fim e tem coisas grandiosas para ti, te mantém fiel"

Ele me disse isso entre outras coisas, que não vou relatar aqui porque é outra história que vou contar depois, mas o ano era 1999 e eu esperava por respostas para acalmar meu coração, minha alma e meu espírito. Um ano se passou e nada mudou, já estávamos em dezembro do ano 2000 e as coisas estavam nas mesmas condições, voltei a orar e pedir respostas. Então me encontrei novamente dentro de uma outra igreja, distante e diferente daquela de um ano atrás. Nesta o outro Pastor falou:

"o Senhor anda te dizer, que assim como ELE te disse a um ano, que este tempo está no final, te mantém fiel, ELE se agrada de ti, mas como és muito ansiosa prepara teu coração porque no ano que vem ELE te preparará uma grande surpresa"

Esperei feito criança pelo ano de 2001 e pelos acontecimentos que se destinavam aquele ano. Tive muitas pequenas vitorias, mas meu coração dizia não ser ainda a surpresa do Senhor que eu tanto aguardava. Como estava sem trabalho e a procura de um, me ocupei em procurar emprego, até que fui chamada para uma entrevista na Sociedade Bíblica do Brasil na Regional de Belém.

Fui a entrevista, falei na época com o Secretário Regional e ele me aprovou, me explicou que eu trabalharia na Ação Social em seus barcos e que eu deveria ir a qualquer momento até o porto para conhecer as embarcações. Este dia chegou. Fui ao porto da Sociedade Bíblica acompanhada do Secretário Regional, quando chegamos ao trapiche vi uma linda embarcação branca que fez meu coração pular dentro do meu peito como se fosse fugir. Eu não podia acreditar no que meus olhos estavam contemplando e pensei sozinha e em silencio:

"não pode ser a embarcação daquela reportagem, ia pra Manaus, não aqui para Belém, será que DEUS fez isso por mim?"

Quando conclui meu pensamento meu Secretario Regional começou a falar:

"este é o barco no qual você irá trabalhar, ele é hospital e missionário. Será que você não viu? Este barco apareceu no programa Bom Dia Caminhoneiro em 1995, mas na reportagem erraram quando disseram que ele ia para Manaus, na realidade o destino dele sempre foi Belém"

Queridos, segurei o choro, porque a emoção era grande demais, na realidade ainda é quando me lembro desta ocasião ainda engasgo de emoção e inevitavelmente as lagrimas caem. Na Sociedade Bíblica trabalhei por 06 maravilhosos anos, sai apenas porque foi chegada a hora para novas aventuras com o Nosso DEUS, ainda hoje oro por aquela Organização, por seus funcionários e ex-funcionários, e por suas atividades.

DEUS me mostra todos os dias o quanto ELE é presente na minha vida por mais difícil que seja a situação ou o período que estou enfrentando ELE carinhosamente me prepara surpresas como esta para me mostrar o PAI zeloso que ELE é. 

Dê você também uma chance do Senhor lhe fazer um carinho de PAI, ele o fará!!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Uma história de fé nos propositos maiores de Deus


Eu trabalhava na Sociedade Biblica do Brasil e em uma das minhas viagens no barco Luz na Amazônia, escutei uma história que nunca mais esqueci, e sempre que me vejo em uma situação de fé enfraquecida por esperar a realização dos propositos de Deus me recordo da mesma história. Hoje quero dividir com voces e quem sabe poder ajuda-los como me ajudou...


"Era uma vez dois pastores, dois homens de Deus, uma deles era pescador experiente daqueles que possui todos os equipamentos necessários para suas pescarias, já o outro nunca havia ido pescar era totalmente iniciante e nem equipamento possuia. Certo dia o o pastor experiente convidou seu amigo para pescar.

Os dois foram até um pier para embarcar na lancha de fibra de vidro e alta tecnologia do Pastor experiente para então passarem a noite toda pescando no mar. Durante a noite a pescaria foi muito farta, eles conseguiram ter a embarcação peixe sufiente para encher os frizzers e se alimentar por semanas. Quando o dia amanheceu o Pastor novato empolgado com tanta fartura de pescados perguntou:

"vamos para casa agora?"

"nossa pescaria foi boa!"

Mas para a surpresa dele o Pastor experiente disse a ele:

"não vamos voltar para casa agora"

"pescamos somente as nossas iscas"

"vamos agora para o alto mar"

"porque a nossa pescaria vai começar agora!!!"


Queridos cuidado para não se contentar com a pescaria de iscas, muitas vezes DEUS tem propositos grandiosos para as nossas vidas e nos atrapalhamos por acreditar que chegamos ao topo quando ainda não chegamos nem na metade do caminho. Nosso DEUS não vê tempo e nem espaço, imaginem que para quem mediu os mares na palma das suas mãos, nenhum proposito é grande demais para ELE ou impossivel. Quando se propor a fazer algo para voce mesmo ou para o Reino de DEUS faça o seu melhor e espere por resultados realmente positivos se voce foi sincero de coração ao realizar determinada tarefa. Tenha FÉ e olhe somente para a face do Senhor, esqueça o restante!!! PESQUE!!!

sábado, 29 de agosto de 2009

Um bebe chamado "Claire"




Tenho um amigo de longa data, que fez a Universidade junto comigo. Embora sejamos amigos a muito tempo, ele ter presenciado muitas ações de Deus em minha vida e ale próprio ser cristão de batismo, este amigo não conseguia neste tempo crer completamente em Deus e possuía uma imensa dificuldade de amar, seja lá o que ou quem fosse.
Certa noite, fui a igreja e ele me acompanhou, como já havia feito inúmeras vezes. Mas esta noite foi diferente. Chegando a igreja o Pastor que ministrava o culto naquela noite teve muitas revelações proféticas, pedindo para se levantar quem Deus havia destinado certa mensagem. Muitos se levantaram, até que chegou nossa vez, primeiro eu e Deus falou grandemente comigo respondendo as minhas duvidas, acalentando meu coração e me enchendo de esperança. Até ai, já estávamos de certo modo acostumados em ver Deus falar com muitas pessoas deste modo.
Então o pastor pediu para meu amigo se colocar de pé porque a ele também destinava-se uma palavra profética. E o que foi dito naquela noite foi o seguinte:
“Sei que não consegues amar ninguém
Por esta razão em breve colocarei em tuas mãos
Algo a que amarás incondicionalmente
E isso mudará tua vida”
Após esta palavra todos sentamos e participamos do culto normalmente. Retornamos para nossas casas e no caminho fomos perguntando um ao outro o que seria tal coisa que Deus colocaria em suas mãos a ponto de meu amigo amar incondicionalmente.
Os dias se passaram, viraram semanas e meses, até que um dia soubemos que meu amigo em questão seria PAI. Isso mesmo, Deus lhe concedeu a honra de ser pai! Sua filha após 09 longos meses de espera Claire nasceu, saudável e linda como todos esperavam que fosse.
Porem mesmo com nascimento de Claire e toda a emoção envolvida, não relacionamos este evento a palavra profética daquela noite na igreja. Até que certa vez já passado muitos meses, o Senhor voltou a falar em outra noite de culto. E disse-lhe:
“Ai está o que te prometi
Agora sabes o que é o amor
Ela mudará tua vida!”
 Só então todos nos que sabíamos da promessa, percebemos que aquela criança, era o fruto daquela palavra profética que mudou o coração deste amigo muito especial.
Claire de fato no futuro veio a mudar a vida de seu pai, mas esta é outra historia que contarei depois.
As promessas do Senhor nunca falham! Nunca se esqueça disso!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

DIVÓRCIO



Nós lemos Mateus 5: 31 e 32 e pensamos nele com nossas categorias ocidentais, posteriores à predominância política do Cristianismo sobre este lado do planeta, impondo não uma nova consciência, mas apenas uma nova Moral.



Todavia, quase nunca levamos em consideração o contexto no qual Jesus disse esta palavra. Naqueles dias, embora a poligamia e a bigamia—tão constantes no Antigo Testamento— ainda existissem, desde o exílio em Babilônia que ela vinha diminuindo—por questões econômicas, como é obvio! Todavia, ainda que ambas não fossem a norma para a maioria, na prática, no entanto, era ainda uma consciência prevalecente.



Prova disso é que em João 8, no episódio da mulher adultera e Jesus, não se apresenta o “homem” com quem essa “adultera”, adulterara. “Ele”, o homem, estava isento das pedradas. Mas a mulher estava lá, seminua ou nua, exposta a todos.



Portanto, quando Jesus diz que a Lei dizia que um homem poderia des-cartar a sua mulher dando-lhe uma carta de divórcio, Ele falava isto a uma assembléia machista, que praticava isto com muita alegria e facilidade. Tudo era motivo para se divorciar. Literalmente, por qualquer motivo, como vemos em Joaquim Jeremias e outros especialistas ( Mt 19:3)



Isto para não falarmos na briga doutrinária que havia, nos dias de Jesus, entre as escolas de Shamai e Hillel em relação ao tema em questão. Era o reino da banalidade relacional.



Nesse caso, o que Jesus diz, levando-se em consideração o “contexto historio”, é basicamente o seguinte:



1) Se, para vocês, a mulher é adúltera quando trai o seu marido, dando-se fisicamente a um homem, todavia, vocês, os homens, cometem muito mais adultério pelo modo “natural” como olham e desejam mulheres (MT 5: 28);



2) Neste mundo onde o homem “descarta” a mulher—ela sem direitos a mesadas e a patrimônio, estigmatizada pela Moral vigente e, praticamente, entregue a sobreviver como pudesse—a única clausula, de permissão ao divorcio era se a esposa traí-se o marido; ou seja: “... em caso de adultério” (5: 32b). Nessa caso, o homem poderia dar a ela carta de repudio e divorcio. Naqueles dias, mulheres não se divorciavam dos homens. Era a Lei.



3) A razão, portanto, tinha a ver com o estigma que a “repudiada”, a divorciada, carregaria, naquela sociedade, daí para frente. Ao homem era permitido—por qualquer motivo—desamparar a esposa, repudiando-a, e, então, depois disto, era-lhe “lícito” escolher outra mulher e seguir adiante com sua vida. Não era sempre bigamia, mas era sempre uma monogamia sucessiva. Ela era extremamente praticada até que Shamai, um rabino, se levantou contra aquela injustiça, discutindo os “motivos justos para dar uma carta de divorcio”, que, à semelhança de Jesus, para ele, também era o adultério.



Todavia, a preocupação era com o estado de desamparo no qual ficava a mulher repudiada-divorciada, pois, para todos, ela passava a ser fadada a nunca mais amar ninguém e nem ter ninguém, apenas porque alguém não a quis mais, por qualquer motivo.



Esta é a razão pela qual Jesus—após denunciar o adultério subjetivo de todos os homens—diz que a preocupação era com expor a mulher a tornar-se adultera (Mt 5: 32c), e, também com “aquele” que, porventura, à ela se ajuntasse, pois, ele também, passaria a ser visto como o marido da repudiada.



Numa sociedade onde o homem tinha todos os privilégios, incluindo o de ter uma segunda esposa caso a pudesse sustentar, descartar a esposa e entrega-la ao mundo com uma letra R, de Repudiada, escrita na testa, e, ainda, esperar que ela vivesse de vento, expunha-a a tornar-se adultera—fosse pela necessidade de ser sustentada por alguém, fosse pela realidade de ter encontrado alguém. Assim, em Mt 5: 27-28, Ele iguala a todos no nível do adultério subjetivo.



Já em Mt 5: 31-32, Ele nos mostra como uma vítima da dureza de coração de um homem—que descarta e não cuida da vida humana que ao seu lado esteve—pode, numa sociedade regida pela Teologia dos Fariseus, ser ainda mais des-graçada.



O “repudio” do homem tornava a mulher, no mínimo, uma “repudiada” e, no caso dela prosseguir com a vida—sem ter que se entregar à mendicância—,a exporia a ser vista, para sempre, como adultera. Dessa forma, Jesus afirma duas coisas: primeira, a seriedade do vinculo entre dois seres humanos numa relação de casamento; e, a segunda, a possibilidade de que a alma humana pudesse se endurecer tanto, que usasse a do outro, e depois, simplesmente a descarta-se, sem cuidado e sem proteção. Em outras palavras: Jesus não entrou na questão da Lei—até Moisés teve mais de uma esposa—, mas na questão da misericórdia, e, sobretudo, no tema da descriminarão Moral do infeliz; e, também no tema da Teologia dos Fariseus e a sua dureza predatória— suas Leis de causa e efeito da infelicidade—, que, naquele caso, era uma Lei animal, que tratava a companheira como lixo.



E por que digo isto?



Por duas razões:



1) Porque é o que vejo no trato de Jesus com as mulheres de todos os tipos de vida durante os Evangelhos. Quase todas elas vinham de vidas infelizes, mas todas foram absolutamente acolhidas, a Samaritana, inclusive, com seu “companheiro”, acerca de quem Jesus disse: “...chama teu marido e vem cá...”



2) Minha leitura da Bíblia, toda ela, está irremediavelmente ligada à única chave hermenêutica que eu creio que é absoluta: “O Verbo se fez carne”—essa é a chave hermenêutica! Logo é no Verbo Encarnado, Jesus, onde vemos o Verbo virar Vida, em todos os sentidos.



Ora, isto nos leva não a ler o que Jesus disse e , para melhor entender o texto, fazermos uma exegese da passagem. Ao contrário: isto nos leva a ler e ouvir o que Jesus disse, e, ver, nos evangelhos, como Ele encarnou aquele Verbo.



Ora, quando fazemos isto, não temos mais o Evangelho que Jesus falou e nós “interpretamos” como bem desejamos; e o Evangelho que Jesus viveu, que nós usamos para nos inspirar na fé na fé. E esquecemos que são naqueles encontros com a vida que cada um de Seus ensinos—literalmente, cada um deles—, teve sua verdadeira interpretação.



Jesus nunca ensinou aquilo que Ele não encarnou, como manifestação da Graça!



A tentativa de fazer exegese das falas de Jesus, e não levar em consideração como Ele tratou as pessoas pelo caminho, é audaciosa, pois, coloca-nos como “os interpretes da Lei”: com a Chave da ciência debaixo do braço, pondo-nos numa posição na qual Jesus pode ser esquizofrenizado pelas nossas doutrinas e Teologias; ou seja: ensinando uma coisa—geralmente legalista em seus conteúdos—, conforme nós “interpretamos” as falas de Jesus; enquanto, também evangelizamos, falando do modo misericordioso como Jesus tratou com amor os pecadores.



O problema é que, na maioria das vezes, o Jesus que encontra pessoas pelo caminho—gente de todo tipo—, não combina com as “interpretações” que fazemos de Suas Palavras.



Quem é que está com problemas? Seria Jesus um “esquizofrênico”?



Seria Ele como os fariseus, que diziam e não faziam?



Ou como os “interpretes da Lei”, que punham fardos pesados sobre os homens que eles nem com o dedo queriam tocar?



Ou nós é que continuamos sofrendo da doença deles?



Responda-me:



Crendo que Jesus é o Verbo encarnado, como você interpreta o que Ele disse?



À luz dos ensinos de nossos interpretes da Lei? Ou, quem sabe, para o seu próprio bem, conforme o Verbo Encarnado em Jesus!



Jesus é a Palavra sendo interpretada aos nossos olhos!



Afinal, o Verbo se fez carne e habitou entre nós...e vimos a Sua Gloria...!





Caio


2003, Copacabana, Rio de Janeiro, 1o ano do site - http://www.caiofabio.com/2009/conteudo.asp?codigo=00213&format=sim

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O nadador salvo pela sombra...


O nadador salvo pela sombra...

Um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e de molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho. Alguém intrigado com aquele comportamento lhe perguntou qual a razão daquele hábito. O nadador sorriu e respondeu: Há alguns anos eu era um professor de natação. Eu os ensinava a nadar e a saltar do trampolim. Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui até a piscina para nadar um pouco. Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do teto de vidro do clube. Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da frente. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnifica cruz.

Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando minha imagem. Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão, mas quando criança, aprendi que Jesus tinha morrido na cruz para nos salvar pelo seu precioso sangue. Naquele momento as palavras daquele ensinamento me vieram a mente e me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte de Jesus. Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos.

Finalmente desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água... Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina. Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido. Tremi todo, e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado seria meu último salto. Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida. Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina, confessei os meus pecados e me entreguei a Ele, consciente de que foi exatamente em uma cruz que Jesus morreu para me salvar. Naquela noite fui salvo duas vezes e, para nunca mais me esquecer, sempre que vou até piscina molho o dedão do pé antes de saltar na água...
Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta querermos apressar ou retardar as coisas, pois tudo acontecerá no seu devido tempo e esse tempo é o tempo Dele e não o nosso...

Pense nisso e repasse, alguém pode estar precisando ler isso hoje!!!!



OBS: Recebi este texto de uma amiga e estou colocando aqui para dividir com todos vocês!!!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

06 Meses [de Hugo Rocha Jr.]




Prestem atenção todos vocês. Era meu o corpo que ali estava debaixo de um emaranhado inóspito de ferros, tubos, aventais e olhares burocráticos da equipe médica. Por alguma razão, conservava ainda a lucidez e a consciência, apesar da lentidão com que eu as processava. O seu pânico, o seu desespero, os seus comentários estúpidos de nada adiantaram, em nada construíram, pois era meu o corpo que ali estava. Mas, obrigado por pensar em mim. Muitas vezes eu senti o egoísmo se apossar de mim e, confesso, deixei-o se instalar. Auto-defesa, lembram... Sabe, eu não estava lá quando crucificaram o meu Senhor, mas sei de estórias. Sei dos pés calejados, do escárnio, das cusparadas, dos açoites, do seu sacrifício. Vi minha vida passar naquela cama de ferro, e tive a prova do amor superior, amor esse cuja incapacidade dos homens em dar é notória. Pareceu-me, certo dia, um anjo, a criatura aboletada ao meu lado. Ele sorria meio encabulado e dizia para que nada temesse, pois o meu Senhor estava comigo. Retribuí o carinho e procurei seguir. Não tenho seis meses, tenho uma vida inteira pra pôr pra fora.