domingo, 23 de dezembro de 2007

A História de Mateus



Conheci "Mateus" logo que me converti. Ele morava sozinho com um primo, "Beto", pq ambos eram do interior e estavam na cidade para conclusão dos estudos. Na realidade eu busquei conhece-lo, porque haveria em minha cidade um grande evento relogioso, chamado "Explosão de Cura", e como eu estava ainda com dúvidas a cerca da existência de Deus e seus milagres, queria levar comigo para comprovar e provocar a Deus alguém que nunca tivesse antes ficado de pé antes.

Foi então que sai perguntando aos novos amigos de igreja se conheciam algum paralítico de nascimento. Entre tantas pessoas a quem indaguei, encontrei uma amiga que me disse "estuda comigo um rapaz que diz nunca ter andado antes, e ele usa cadeira de rodas, serve ele para o que você quer?", então empolgada com a descoberta, pedi a ela que me levasse até a casa do rapaz. Já na casa dele, passei algumas horas até convence-lo de me acompanhar no referido evento de cura, foi difícil, uma vez que nem religião ele tinha, mas o convenci!!!

No dia do evento fui busca-lo, peguei um taxi com ele e o levei ao local em questão. Era um estádio de futebol, que foi fechado unicamente para este fim, o ano era 1986, e os convidados especiais para este evento era um casal de norte americanos cujo Ministério era de Cura Espiritual. Diante destes dados, minha pretensão era sair de lá com Mateus andando e sem a cadeira de rodas que ele usava desde criança.

O culto começou e eu prestava atenção em tudo que ocorria a minha volta com uma "sede voraz " de saber se tudo aquilo era combinado ou se Deus existia de fato e poderia se manifestar ali. Como já era de se esperar, fui desmoralizada pelo Senhor Nosso Deus e Pai, porque Deus me mostrou maravilhas, que nunca mais vi se repetir em minha vida, nesta noite eu vi com meus próprios olhos: cegos enxergarem, vi pernas atrofiadas se encherem de carne e músculos, vi paralíticos andarem e largarem suas muletas e cadeiras, vi e ouvi mudos falarem... foi simplesmente incrível, impressionante, explosivo, sai de lá sem palavras!!! E até hoje quando lembro das coisas que vi me emociono...

Mas dai, e Mateus? Que o levei na esperança de tirá-lo da cadeira!!! Com ele nada aconteceu para minha surpresa... e apesar das maravilhas que vi, sai de lá arrasada porque justamente a pessoa que levei não foi curada, me perguntei e perguntei a Deus porque? Estaria eu sendo castigada por minha falta de fé? Por ter provocado ao Senhor? Pensei mil coisas nada conclusivas... e levei Mateus de volta pra sua casa...

No dia seguinte, acordei mais uma vez determinada a faze-lo andar e com a idéia fixa de que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Então fui visitá-lo!!!

Na casa dele, mais uma vez o convenci de me acompanhar em uma nova jornada, passei a leva-lo todos os dias para minha igreja, ia busca-lo e ia deixa-lo religiosamente. Na igreja, muitos irmãos, principalmente os mais idosos, se aproximavam de Mateus e diziam, para ele se levantar da cadeira porque ele já estava curado. Com o tempo comecei a considerar esta solicitação dos irmãos uma ofensa, como ele poderia levantar-se se nunca havia andado antes e sua cura não estava comprovada, e passei a defende-lo diante das pessoas.

Certo dia fui buscar Mateus como sempre fazia, e ele me disse para não perder mais meu tempo com ele, porque o meu Deus não o curou naquele dia especial e nem iria cura-lo, então ele sentia que eu me desgastava em vão, e já estava até me aborrecendo com os irmãos da igreja por causa dele e mesmo já não queria mais ir a igreja. Tentei remover esta idéia da cabeça dele, mas sem sucesso, respeitei sua vontade e fui embora.

Passado algumas semanas, estávamos na igreja fazendo comemorações de Pentecostes e eu participaria de um grupo de dança de louvor ao Senhor, mas o ensaio foi cancelado e eu fui para o culto a noite.

Na entrada da igreja encontrei o Beto, primo de Mateus, me aguardando muito assustado e preocupado, então como o culto já havia começado eu o levei para dentro e disse a ele, que depois ele me contasse o que o afligia tanto. Assistimos ao culto, ele sentado ainda muito nervoso ao meu lado e quando acabou pedi que me contasse.

Tive a maior de todas as surpresas e grande alegria, Beto me relatou, que ao amanhacer levantou um pouco mais cedo do que de costume, e viu a porta do quarto de Mateus entre-aberta e tomou grande susto com o que presenciou. Viu seu primo Mateus de pé e andando no quarto sem a cadeira, então Beto se trancou em seu próprio quarto, vestiu-se e pulou a janela para não encontrar com Mateus e saiu de casa. Ficou andando fora nas ruas sem rumo o dia todo, aguardando o cair da noite para encontrar comigo porque ele próprio estava sem coragem de retornar para casa depois do que viu.

Eu fiquei com o coração repleto de alegria, porque finalmente havia acontecido o milagre que pedi ao Senhor, e não me continha em meu próprio corpo pulava de alegria, que era tamanha, que como dizem os árabes "parecia que a alma ia me fugir do corpo". Então disse a Beto ter coragem, que era motivo de festejar, mas que eu o acompanharia sim até sua casa com prazer, porque eu também queria ver este milagre.

Fomos juntos então, o pobre rapaz me acompanhou como se estivesse indo ver um fantasma de tão nervoso.

Quando chegamos lá, Mateus estava calmamente sentado em sua velha cadeira, na porta de sua casa lendo um livro. Então eu cheia de alegria e inexperiente nos meus 17 anos apenas, não fui nem um pouco sutil e de cara já fui tocando no assunto, lhe dando um forte abraço e o parabenizando pela graça alcançada.

Dai veio em seguida minha tristeza, e talvez um dos maiores desafios que já vivenciei.

Mateus, me confessou que desde o primeiro dia, na "Explosão de Cura", Jesus o havia curado. Ele me disse que andava escondido em seu quarto, desde aquele dia em que o levei ao estadio. Mas, ele me confessou tambem, que não queria ser curado, que ele recusava a benção, porque na ocasião, Mateus já tinha mais de 30 anos de idade e não possuia profissão alguma, e que se levantasse de sua cadeira teria que trabalhar em alguma coisa, pois sua familia não iria mais sustenta-lo financeiramente, mas ele não sabia fazer nada, então me disse: "pede ao teu Deus para me aleijar de novo".

É claro que nunca fiz tal pedido a Deus!!!

Ouvi, tudo que ele tinha para me contar com paciência e coração apertado de dor. Quando ele acabou, me pediu para nunca mais voltar na casa dele, porque eu havia desgraçado sua vida, com minha fé e minha insistência.

Então disse a ele que eu até iria embora e nunca mais retornaria, mas que ele me devia uma coisa e esta coisa eu exigia antes de ir embora, pedi a ele: "ande! quero ver você andando! você me deve isso! e nunca mais volto aqui...". Ele levantou-se da cadeira e andou para eu ver, andou, agachou-se, pulou, fez movimentos que nunca na vida havia feito antes. Depois de ver o milagre, dei um abraço nele e me despedi.

E como prometi nunca mais voltei lá!!! Nunca mais vi Mateus de novo!!!

Ainda oro por ele, mas nestes anos todos tenho pedido ao Senhor que retire a deficiência da mente dele. Hoje com a experiência que tenho, vejo que ele precisava de duas curas, uma fisíca e outra espiritual, na alma, na auto-estima. Talvez se eu tivesse a oportunidade de encontra-lo novamente teria mais argumentos para discutir com ele ou orar por ele!!!

Mas esta é mais uma experiência que o Senhor me deu que agradeço apesar de tudo, e principalmente porque se cumpre mais uma Promessa, quando Ele me disse: "Verás muito do Meu Poder".

Eu vi e eu senti!!!

[os nomes Mateus e Beto, são ficticios para resguardar a privacidade das pessoas envolvidas nesta história, mas ela é real]



segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

TEMPO [Eclesiaste 3:01-22]


1
TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
2
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
3
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
4
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
5
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
6
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
7
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
8
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
9
Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
10
Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar.
11
Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.
12
Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;
13
E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.
14
Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.
15
O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.
16
Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar da justiça havia iniqüidade.
17
Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.
18
Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.
19
Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.
20
Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.
21
Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra?
22
Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?

domingo, 9 de dezembro de 2007

Os Cajueiros


Eu e meu esposo temos um amigo em comum, para preservar sua identidade vou chamá-lo de Humberto.
Nosso amigo Humberto, certa vez chegou na nossa casa insatisfeito, triste em ver que seu pai adubava o solo de seu sitio com os melhores adubos e nada florescia ou dava frutas, e lá no sitio haviam muitas arvores frutíferas,haviam muitos cajueiros, mas nunca nem pai e nem filho haviam colhido qualquer uma fruta que fosse.
Então Humberto nos contou triste a insatisfação de seu pai que não consegui colher nada de suas arvores tão bem adubadas e tecnicamente nem arvores e nem solo, sofriam de qualquer moléstia natural.
Então na intenção de ajudá-los, oramos ao Senhor, e em oração nos veio a resposta sobre o que deveria ser feito. Meu esposo juntamente com nosso amigo Humberto, foram para o sitio armados de “metralhadoras espirituais”, levaram com eles: a bíblia, óleo consagrado e sal consagrado. Lá no sitio, eles oraram, e jogaram sal e óleo consagrado ao Senhor no pé de cada arvore, entregaram o referido sitio ao Senhor. Descansaram e retornaram para casa.
O tempo passou e como foi entregue nas mãos do Senhor, entendemos que estava resolvido, mas acabamos nos envolvendo em outras questões e esquecemos da história das arvores do sitio de Humberto.
Certo dia, já passado meses do ocorrido, Humberto apareceu em casa, com uma sacola grande e cheia de frutas, em especial cajus, e para nossa surpresa as frutas todas inclusive os cajus eram do sitio, era a primeira colheita que pai e filho fizeram. Humberto nos contou que colheram tantas frutas que seu pai ficou surpreso e se perguntando o que havia ocorrido com aquelas arvores que até então nunca deram nada.
Nós agradecemos ao Senhor pelo milagre e fizemos suco de caju, doce de caju... foi uma alegria só!!!