domingo, 24 de junho de 2007

0.3 - Como Conheci a Jesus...

Em meio a tudo isso, meu avô adoeceu, ele tinha algo que hoje me lembro como “erisipela” nas pernas e precisou que alguém fosse a sua casa todos os dias para passar a medicação. Uma tia muito querida solicitou uma reunião de família, para ver um voluntário para esta função, como acabou a reunião familiar e ninguém se candidatou, eu cheguei junto de minha tia e disse que eu cuidaria disso para meu Avô e para ela. Fiquei responsável por passar a medicação todos os dias ao final de tarde.

Neste tempo morávamos numa vila de casas, tipo uma rua sem saída, e bem no inicio desta vila havia uma casa onde moravam uma família de evangélicos, até então eu pejorativamente os chamava de “crentes” e os detestava. Pq sempre que eu passava os 03 irmãos mexiam comigo, eram duas moças e um rapaz, falavam das minhas mini saias, do meu corte de cabelo, da cor das minhas roupas, sempre achavam um motivo para mexer comigo no momento em que eu estava indo ou vindo da casa de meu avô.

Certa vez, nos distraímos conversando demais, eu e meu Avô, pq gostávamos muito de conversar um com o outro, e passei da hora e minha mãe telefonou pra ele e disse um monte de desaforos pq eu ainda estava na casa dele. Explicando, ele era meu Avô, pai de minha mãe. Mas ela era assim, não via idade e nem parentesco, quando queria falar e ofender, então meu Avô disse “vou lhe deixar em casa pq sua mãe é muito grossa”. Pegou seu carro e me deixou na frente de vila onde morávamos.

Daí quando passei na frente da casa dos três irmãos “crentes”, e desta vez eles me seguraram no caminho, e disseram ”pára um pouco pra falar com a gente, não se aborreça com nossas brincadeiras”, então parei e perguntei o que eles queriam comigo, eles me responderam “vai haver uma vigília hj de madrugada na casa de uma irmã, vamos com a gente?”, eu disse a eles que isso seria impossível, e lhes contei o ocorrido com meu avô a poucos momentos antes, mas eles insistiram e pediram “pede pra sua mãe, ao menos tente!!!”, eu disse que iria tentar e segui meu caminho até minha casa.

Quando cheguei em casa, minha mãe estava com tanta raiva que nem me olhou. Então disse boa noite e pedia a ela como eles sugeriram e falei ”Mãe, posso ir a uma vigília com os crentes aqui da rua?” ela me respondeu “pode!”, eu fiquei surpresa e para ter certeza falei “Mãe a vigília vai começar às 23 horas e não tem hora para acabar, posso chegar aqui só de manhã, mesmo assim eu posso ir?”, ela me respondeu “vai menina eu não já disse que pode ir?”, mas sem ainda acreditar eu falei ”Mãe, senhora não quer nem saber onde vai ser a vigília?”, ela então me respondeu, “deve ser uma das casas aqui da vila não é? Então vai logo, eu não já te deixei ir?”. Sendo assim, sai correndo de casa até meus novos amigos “crentes” para lhes contar a novidade, e eles somente riram de mim, hoje eu entendo pq riram, mas na ocasião nem entendi mas tb não perguntei o pq.

Então, os 04 juntos nos caminhamos até a casa onde aconteceria a vigília, coisa que eu nem sabia o que era exatamente, mas tb não falei nada. Chegando lá, conheci a dona da casa, e mais umas 25 pessoas que estavam presentes, todas de igrejas diferentes, estavam todos com suas bíblias e usando roupas bem moderadas, diferente de mim que fui de mini-saia mesmo e sem bíblia na mão, pq nem tinha uma tb! Independente das diferenças, fui muito bem recebida e bem acolhida por todos.

A virgilia tinha propósitos certos:

1- orar para fechar uma casa de feitiçarias que existia dentro da mesma vila onde morávamos, eu na minha cegueira nunca nem havia percebido que havia algo assim lá!

2- orar pela libertação de uma jovem que uma vez ou outra caia possessa de demônios, esta eu percebia q existência dela pq a referida jovem morava bem na frente de minha casa e era assustador pra mim tudo o que eu ouvia na sala de casa, que vinha da casa dela...

[continua...]

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