segunda-feira, 25 de junho de 2007

0.1 - Minha familia

Fui criança em um lar, onde havia muita violência doméstica, tanto por parte de meu pai como de minha mãe. Ambos tomados pelo ciúme e por envolvimento com o maligno, viviam em um verdadeiro "pé de guerra", são pouquíssimos os momentos que guardo em minha memória onde não houve um dia sequer sem nenhuma briga. Em muitos lares a principal causa de violência domestica é o álcool ou outros tipos de drogas, na minha casa ninguém bebia e nem se drogavam, o que havia era muita intolerância, ciúmes e desconfianças. Era comum estarmos sentados a mesa do café, para irmos à escola, eu e meu irmão, enquanto nossos pais se armavam de faca, gargalo de garrafa e o estivesse à mão na tentativa de um ferir o outro, e muitas vezes conseguiam... Eu como filha mais velha, quando observava que a briga ia começar, pegava meus irmãos e os carregava para meu quarto, para ficarmos lá em segurança... Fiz isso incontáveis vezes!!!


Meu padrinho de batismo, hoje já falescido, era Padre e todos os anos ele costumava me dar de presente um livro de orações para crianças. Eu na minha inocência, quando as brigas estavam feias demais e o derramamento de sangue em casa estava também demais, pegava meu livrinho de orações e começava a ler desesperadamente, com meu coração aflito de medo de perder meus pais, passei minha infância com medo que um deles terminasse morto e o outro preso. Certa vez, já estava com uns 09 anos de idade, quando ocorreu uma das brigas mais feias que já presenciei, e não suportando mais o choro de meus irmãos com medo daquilo tudo, fechei meu livrinho que guardava estrategicamente debaixo do meu colchão, e disse para Deus:


"Se tu existes de verdade, eu não preciso ler estas orações; Se tu existes de verdade tu vês as brigas de meus pais; Se tu existes de verdade tu vais aparecer pra mim, falar comigo, me defender e defender meus irmãos; Senhor se tu existes mesmo como a igreja diz, tu vais acabar com toda esta confusão e todas estas brigas"

Falei estas mesmas coisas pra Deus muitas vezes, inúmeras vezes, na realidade não lembro quantas vezes falei isso de joelhos no meu quarto agarrada aos meus irmãos que só choravam, pq tb eram bebes...

O tempo passou e a gente acaba acostumando com o sofrimento, e até achando que ele é normal, quando isso acontece há um risco muito grande de ter os sentimentos e a alma entorpecidos pela dor, já perdemos a noção do realmente nos fere ou não. E dai para deixar tb de saber o que é realmente certo e errado é um passo só diante disso. Bom, isso não aconteceu conosco, pq graças ao Bom Deus estudávamos em colégio religioso e as irmãs nos ouviam, a direção do colégio sabia da luta que havia em casa, pq muitas vezes não conseguíamos fazer provas devido estarmos com o sistema nervoso abalado, então tivemos muito carinho das irmãs e orientação moral.


Chegou o tempo de minha primeira comunhão, com 11 anos de idade, a missa era pela manhã, e eu havia me preparado para aquele dia durante meses. Mas como era de se esperar, eles iniciaram o dia já brigando e se batendo, e fomos para a igreja do colégio assim, com um revolver carregado dentro do carro, meu pai ameaçando de morte minha mãe e ela dizendo a ele "mata, mata, mata logo", e eu e meus irmãos no banco de trás do carro com medo. Chegamos à igreja do colégio em que estudávamos e a cerimônia começou, e eles não pararam de brigar mesmo dentro da igreja, até que uma das irmãs chamou a atenção dos 02 ameaçando de colocá-los para fora pq estavam atrapalhando a cerimônia, só então eles se calaram.


A cerimônia seguiu como deveria, mas derrepente o padre quebrou o protocolo dela para fazer algo inesperado, ele deu a cada criança que estava fazendo sua primeira comunhão uma caneta e um quadrado de papel e disse "escrevam neste papel o que vcs mais desejam que Deus faça por vcs e eu me comprometo em orar pelo pedido de cada um de vcs". Lembro-me até hoje o que escrevi naquele pequeno pedaço de papel, meu pedido para o Senhor foi: "Deus separa meus pais". Em menos de 01 ano após isso eles estavam separados, mas infelizmente ainda brigando, só que não mais se machucando, agora a briga era judicial.


O que quero contar com esta história é que Deus já estava me ouvindo, me protegendo e me atendendo. Sei que o Senhor é totalmente pró-familia, sei que Ele deve ter tentado uni-los muitas vezes, mas quando a união de um casal pode destruir mais vidas do que simplesmente as 02 vidas envolvidas, creio eu que Deus separa sim. Apesar de ser uma criança naquela época, eu já pensava em morrer e desaparecer, imaginava que poderia um dia fugir dali e levar meus irmãos comigo, imaginava que podia tomar algo que me fizesse morrer, mas como criança nem sabia o que tomaria, muita coisa passa na cabeça de uma criança encurralada em sua própria casa pela violência doméstica.


Hoje vejo que em cada briga que aconteceu, Deus esteve lá, presente, junto de mim e de meus irmãos. Ficamos com seqüelas? Sim ficamos, eu detesto violência!!! Mas o Senhor estava ali fortalecendo pq somente graças a Ele, eu posso dizer que sobrevivi.



0.2 - Minha vida sem Cristo...

Antes de conhecer a Jesus eu não era de todo uma pessoa ruim, mas tinha meus problemas internos. Freqüentava a igreja, participava do grupo de jovens da igreja aos sábados e aos domingos ia à missa. E se me perguntassem: “vc acredita em Deus?”, eu de cara lavada mentia e respondia: “Sim acredito!”. Mas era mentira, não acreditava mais Nele, diante de tantos problemas familiares ficou difícil pra eu acreditar que Deus Pai existia e até que Jesus se fez homem e veio a terra. Acabei por desenvolver uma visão cética e materialista da vida. Contudo gostava de ajudar as pessoas, não me agradava ver o sofrimento alheio. Tinha muita facilidade de me envolver com as pessoas, de conversar com elas e de ouvir suas histórias.

Em casa por conta disso havia uma discussão interminável, meu pai dizia que eu só me envolvia com pessoas de baixo nível, pq elas não tinham o mesmo nível social que eu. Como ele era um empresário muito bem sucedido, ele queria que meus amigos fossem filhos de pais tão ricos quanto ele, isso gerou muita briga durante muito tempo dentro de casa, cheguei a tomar surras pq não queria discriminar pessoas e queria continuar com as mesmas amiguinhas do colégio de freiras onde eu estudava, mas ele não aceitava de forma alguma.

O tempo passou a adolescência chegou, e com ela ganhamos madrasta, padrasto e novas irmãs, a vida mudou.

Minha madrasta, no inicio era um verdadeiro “anjo”, adorávamos ela, quando engravidou da primeira filha seu caráter mudou totalmente, e pôs suas garras de fora, na frente de meu pai ela nos tratava de um modo e por trás dele de outro modo.

Mesmo vivendo com excelente padrão de vida que tínhamos, passamos por muitas privações pq minha madrasta escondia comida, material de higiene pessoal básico entre outras coisas que escondia, mas até ai conseguíamos superar o problema. Até que então, ela começou a mentir para meu pai, dizendo que a tratávamos mal na sua ausência, que tentávamos derrubá-la da escada e coisas do tipo. Meus irmãos, ainda crianças, tinham muito medo da surra que podiam pegar se a desmentissem, e eu a enfrentava e dizia “é mentira, vc está mentindo, nunca fizemos isso com vc”, mas daí eu pagava um preço alto por falar a verdade, apanhava até cair no chão, e apanhava na frente dela que ficava rindo por trás de meu pai enquanto ele me batia.

Muitas vezes fui para o colégio, muito marcada pelas surras que peguei, e dizia que havia caído da escada, que havia caído de bicicleta, caído de patins, que havia feito muitas travessuras, inventava qualquer coisa para não dizer que meu pai era um “monstro”.

Certa vez, fui estudar na casa de uma colega pq tínhamos prova no dia seguinte, mas na hora da mãe dela me deixar em casa faltou energia elétrica no edifício em que ela morava, então aguardamos a energia retornar e ela foi me deixar. Quando chegamos meu pai estava furioso, pq eu disse que chegaria antes, mas ele nem quis ouvir o motivo de meu atraso, e nem ouvir a mãe de minha amiga que estava ao meu lado. Na ocasião, estava tendo uma festa de aniversário na casa onde elas foram me deixar para encontrar com meu pai , ele não quis nem saber e partiu pra cima de mim na frente de todos os presentes, me carregou pelos braços e me jogou contra uma cristaleira, me machuquei muito, mas ele nem viu e continuou me batendo e chutando na frente de todas aquelas pessoas e ninguém fez nada. Minha madrasta ria enquanto isso ocorria e meus irmãos correram de medo. Minha amiga e sua mãe saíram de lá horrorizadas e nunca mais voltaram, a amizade acabou, ela mal falava comigo no colégio e logo no final do ano sua mãe a trocou de escola.

Nem preciso falar que não consegui fazer a prova do dia seguinte não é? A psicóloga do colégio me chamou para me perguntar pq entreguei minha prova em branco e tb pq eu estava mais uma vez muito machucada. Então resolvi naquele dia, falar a verdade, e daí ela telefonou para meu pai, levou o caso até a diretora do colégio, o colégio chamou o advogado da instituição e eu telefonei para minha mãe. Foi outra confusão sem fim, eles brigaram e se ofenderam na frente da diretora do colégio e com a sala aberta mesmo. Muitas pessoas e colegas nossos ficaram sabendo do ocorrido, pq passaram na porta da sala da diretora e viram, mas os gritos deles era escutado em quase todas as salas de aula. Mas ficou assim, depois daquele dia eu não mais iria morar com meu pai, pq era violento demais comigo e fui morar com minha mãe.

Morando com minha mãe, passamos por muitas privações. Meu pai não pagava pensão alimentícia e nem minha mãe trabalhava, então chegamos quase a passar fome, isso só não ocorreu pq meu avô observou que algo estava acontecendo e me perguntou como estavam as coisas em casa, então falei a verdade, desde então ele fazia compras de supermercado pra mim e minha mãe. Mas daí meus irmãos não demoraram a vir morar conosco e as despesas aumentaram, e tb ganhamos um padrasto que reclamava muito de nós, ora ele nos amava, ora nos odiava. Então começamos outra luta com meu pai agora na justiça, para ele não nos deixar sem escola e alimentação.

domingo, 24 de junho de 2007

0.3 - Como Conheci a Jesus...

Em meio a tudo isso, meu avô adoeceu, ele tinha algo que hoje me lembro como “erisipela” nas pernas e precisou que alguém fosse a sua casa todos os dias para passar a medicação. Uma tia muito querida solicitou uma reunião de família, para ver um voluntário para esta função, como acabou a reunião familiar e ninguém se candidatou, eu cheguei junto de minha tia e disse que eu cuidaria disso para meu Avô e para ela. Fiquei responsável por passar a medicação todos os dias ao final de tarde.

Neste tempo morávamos numa vila de casas, tipo uma rua sem saída, e bem no inicio desta vila havia uma casa onde moravam uma família de evangélicos, até então eu pejorativamente os chamava de “crentes” e os detestava. Pq sempre que eu passava os 03 irmãos mexiam comigo, eram duas moças e um rapaz, falavam das minhas mini saias, do meu corte de cabelo, da cor das minhas roupas, sempre achavam um motivo para mexer comigo no momento em que eu estava indo ou vindo da casa de meu avô.

Certa vez, nos distraímos conversando demais, eu e meu Avô, pq gostávamos muito de conversar um com o outro, e passei da hora e minha mãe telefonou pra ele e disse um monte de desaforos pq eu ainda estava na casa dele. Explicando, ele era meu Avô, pai de minha mãe. Mas ela era assim, não via idade e nem parentesco, quando queria falar e ofender, então meu Avô disse “vou lhe deixar em casa pq sua mãe é muito grossa”. Pegou seu carro e me deixou na frente de vila onde morávamos.

Daí quando passei na frente da casa dos três irmãos “crentes”, e desta vez eles me seguraram no caminho, e disseram ”pára um pouco pra falar com a gente, não se aborreça com nossas brincadeiras”, então parei e perguntei o que eles queriam comigo, eles me responderam “vai haver uma vigília hj de madrugada na casa de uma irmã, vamos com a gente?”, eu disse a eles que isso seria impossível, e lhes contei o ocorrido com meu avô a poucos momentos antes, mas eles insistiram e pediram “pede pra sua mãe, ao menos tente!!!”, eu disse que iria tentar e segui meu caminho até minha casa.

Quando cheguei em casa, minha mãe estava com tanta raiva que nem me olhou. Então disse boa noite e pedia a ela como eles sugeriram e falei ”Mãe, posso ir a uma vigília com os crentes aqui da rua?” ela me respondeu “pode!”, eu fiquei surpresa e para ter certeza falei “Mãe a vigília vai começar às 23 horas e não tem hora para acabar, posso chegar aqui só de manhã, mesmo assim eu posso ir?”, ela me respondeu “vai menina eu não já disse que pode ir?”, mas sem ainda acreditar eu falei ”Mãe, senhora não quer nem saber onde vai ser a vigília?”, ela então me respondeu, “deve ser uma das casas aqui da vila não é? Então vai logo, eu não já te deixei ir?”. Sendo assim, sai correndo de casa até meus novos amigos “crentes” para lhes contar a novidade, e eles somente riram de mim, hoje eu entendo pq riram, mas na ocasião nem entendi mas tb não perguntei o pq.

Então, os 04 juntos nos caminhamos até a casa onde aconteceria a vigília, coisa que eu nem sabia o que era exatamente, mas tb não falei nada. Chegando lá, conheci a dona da casa, e mais umas 25 pessoas que estavam presentes, todas de igrejas diferentes, estavam todos com suas bíblias e usando roupas bem moderadas, diferente de mim que fui de mini-saia mesmo e sem bíblia na mão, pq nem tinha uma tb! Independente das diferenças, fui muito bem recebida e bem acolhida por todos.

A virgilia tinha propósitos certos:

1- orar para fechar uma casa de feitiçarias que existia dentro da mesma vila onde morávamos, eu na minha cegueira nunca nem havia percebido que havia algo assim lá!

2- orar pela libertação de uma jovem que uma vez ou outra caia possessa de demônios, esta eu percebia q existência dela pq a referida jovem morava bem na frente de minha casa e era assustador pra mim tudo o que eu ouvia na sala de casa, que vinha da casa dela...

[continua...]

0.4 - Minha Aliança com Deus


A vigília iniciou. As pessoas presentes se posicionaram em um grande circulo, em uma sala que não havia moveis e começaram a orar cada um a sua maneira. Tudo que estava ocorrendo ali para mim era a mais pura novidade, nunca havia participado de nada nem semelhante, então nem conseguia fechar meus olhos para tentar orar junto.

De imediato os batuques que vinham da casa ao lado cessaram e ouvi muita gente reclamando da oração dos crentes desta rua que só perturbavam e acabavam com os trabalhos, mais uma vez eles estão reunidos e conseguiram espantar nossos caboclos. Foi o que eu ouvi! E fiquei impressionada pq não foi necessário nem 20 minutos de oração e tudo acabou...

A vigília continuou...

A jovem dona da casa estava do outro lado do circulo, derrepente ela levantou de olhos fechados e veio andando em direção a um rapaz que estava de joelhos ao meu lado, detalhe, ela desviou de todas as bíblias que estavam no chão, não pisou em nenhuma apesar dos olhos fechados. Continuando, ela falou com o rapaz assim “Filho, eis que te batizo agora pelo Espírito Santo” e ele começou a falar em outra língua, linguagem que até então era desconhecida para mim também.

Ela retornou ao seu lugar de origem de costas, de olhos fechados e sem pisar em nenhuma das bíblias que estavam no chão. De lá com uma voz que não era a dela, mas era forte como um trovão e mansa como mãe falando com seu bebe, ela disse: “pedistes para que eu visse e eu vim, e agora pq não crês em mim? Não sabes que basta uma palavra minha para acabar com tua existência na face da terra?”. Depois se ajoelhou novamente... Queridos, eu sabia exatamente quem falavam e com quem falava.

Mas as pessoas que ali estavam não entenderam nada e delicadamente uma de minhas novas amigas me perguntou, “Vc acredita em Deus?” e pela primeira vez na minha vida eu falei a verdade “Acredito!!!”. Pq eu sabia que era o Senhor quem falou naquele momento e mais ainda eu sabia que Ele estava falando comigo.

As pessoas voltaram a orar e Ele voltou a falar. A moça mais uma vez levantou-se e veio em minha direção tocou em minha cabeça e disse com a mesma voz que descrevi antes “Filha é com vc que falo novamente, crês em mim agora?” eu disse “Sim creio”, Ele falou “Me aceitas como teu Deus? E me segues?” eu respondi “Sim aceito e sigo”, então o Senhor falou que faríamos naquele momento uma “Aliança”, um “Pacto”, um “Acordo”...

Ele me falou de momentos do meu passado onde Ele esteve lá, me explicou meu presente e me falou de situações futuras. Falou comigo de mais ou menos 23:30 ou meia noite até as 5:30 da manha. Então me falou de muitas coisas que fica difícil relatar todas aqui.

Mas vou falar de nossa “Aliança”. Ela é baseada em tres momentos diferentes, Ele disse “Te farei me conhecer, não por palavras, mas por ações, por experiências comigo e te darei 03 momentos distintos de vida comigo e nos 03 quero tua fidelidade”, amados nosso acordo foi o seguinte:

1º. Momento – “vou te tirar da casa de teus pais, te mostrarei novos povos, te mostrarei outros filhos meus, te mostrarei muito do meu poder, aquele poder que pedistes para ver tu o verás, te darei um dom que queres muito e serás conhecida através dele, te levarei para outra terra e lá ficaras um tempo e depois te trarei de volta para esta e mais tarde te tirarei mais uma vez desta terra. Este 1º. Tempo não será nem tão bom e nem tão ruim, apenas aprenda tudo que vou lhe ensinar. E cuidado com a língua de sua mãe, pq da boca de sua mãe saem muitas palavras torpes”.

2º. Momento – “este será teu momento de provação comigo, onde te forjarei com fogo, eu te trarei de volta da terra para a qual te levarei , não te deixarei sozinha, mas te sentirás abandonada por todos, inclusive por mim. Pediras em oração para que eu acabe com tua vida, tamanho serão teus sofrimentos, as pessoas que mais amas te vão te perseguir, mentir a teu respeito, te caluniar e tentar te matar. Quero que conheças a maldade do homem e a maldade o diabo, e saibas tirar bem a diferença entre uma coisa e outra, pq usaras isso lá adiante para mim. Te farei perder tudo que mais gosta, teus sonhos, tua família, amigos, saúde, te deixarei apenas comigo. Mas se passares por estes 02 períodos fiel a mim, sem odorar outro Deus em meu lugar, te darei um 3º. Momento comigo”.

3º. Momento – “este será rico em bênçãos, te levarei para outra terra como falei antes, te devolverei 03 vezes mais de tudo que tirei nos 02 primeiros momentos. Abrirei as portas e janelas dos céus para te abençoar, te farei tão prospera como vc nunca viu. Lembre que Eu sou o dono do ouro e da prata e que te darei tesouros escondidos se fores fiel a mim”. Fez outras promessas de igual grandiosidade além destas que falei para este 3º. Período, mas prefiro não revelar agora.

Então o Senhor tb me prometeu um marido abençoado, me prometeu um filho em idade avançada, prometeu felicidade extrema como nunca conheci antes e saúde para aproveitar todas as promessas Dele. E disse mais, falou que vou fazer uma grande obra para Ele, mas que não me diz para não me assustar, mas que serei um grande instrumento na Mão Dele, disse ainda que eu e minha família vamos servir ao reino Dele.

Amados, estou vivendo o 2º. Momento e isso já se passaram 20 anos... Neste mês de junho no dia 26 farei 21 anos com o Senhor...


0.5 - A véspera de 21 anos de convertida...


Amados, hoje a beira de 21 anos de convertida, o que posso dizer, é que se fosse aquela vigília no dia de hoje, eu faria tudo novamente. Pq vale a pena nascer de novo! Vale a pena fazer uma Aliança com Deus!

Naquela época quando Ele me falou das dores que sentiria, das decepções, das perdas e do desejo de morrer, não passou pela minha cabeça o quanto grave isso seria, quanto isso me machucaria, realmente fiquei tão maravilhada com a experiência sobrenatural de Nosso Deus falar comigo, na vigília, que qualquer coisa que Ele me propusesse eu aceitaria de olhos fechados, mas afinal quem sou eu para discutir condições com Deus?

Queridos, tudo que Ele me disse que aconteceria comigo, de fato aconteceu, nossa e como doeu!!! Meu coração se partiu em milhões de pedaços nestes anos de provações com todos os acontecimentos, as calunias foram terríveis que levantaram contra mim, e se me fosse um estranho não doeria tanto. De tantas situações que aconteceram a que mais doeu foi provocada por minha irmã caçula, eu a tinha quase que por filha, a amava incondicionalmente, como se ama um filho, acredito que nem ela tem verdadeira noção do tamanho do amor que eu tinha por ela.

Mas sabe eu aprendi, que não era sadio, e que o Senhor reserva para Ele este amor incondicional, é a Ele que devemos amar cegamente e confiar somente Nele, não importando as circunstancias aparentes Ele jamais nos deixa na mão. Minha relação com esta minha irmã acabou. Hoje, ela é para mim uma pessoa comum, não tenho mais o amor cego que tinha antes. Mas em compensação amo ao meu Deus mais do que qualquer outra pessoa na terra e só confio Nele, minha vida depende Dele, estou a sua total disposição.

Os homens e mulheres tal qual como nós são falhos e uma hora ou outra podem nos causar grandes males, mas o Senhor me ensinou que acima Dele não pode haver ninguém. Parece um conceito básico demais para eu estar falando aqui não é? Afinal temos um mandamento a seguir “Amai a Deus sobre todas as coisas”, mas quando colocamos isso em prática e no nosso dia-a-dia a dificuldade é imensa e as cobranças sociais também são imensuráveis.

Só que Deus é Deus, é somente Dele este amor incondicional, amor que não devemos ter nem por um filho, pq pertence ao Senhor, e o amor incondicional de nosso filho tb pertence ao Senhor, é isso que devemos ensinar as nossas crianças e não cobrar delas que nos amem como se nós estivéssemos no lugar de Deus.

Hoje amo meu Senhor mais que tudo. Sou feliz por ter feito uma Aliança com Ele. Sou feliz por tudo que Ele tem me ensinado e por tudo que Ele me permitiu passar, pq “cabeça dura” como sou, seria difícil me ensinar somente com palavras e Ele já sabia disso pq me conhece profundamente, muito melhor do eu mesma.

Só tenho a agradecer!!!

sábado, 9 de junho de 2007

I - Minha Aliança com Deus - Introdução



Vou esmiuçar minha aliança com Deus para que não deixe duvidas em ninguém que venha ler sobre o assunto

Como disse em um post anterior é baseado em três momentos diferentes, Ele disse “Te farei me conhecer, não por palavras, mas por ações, por experiências comigo e te darei 03 momentos distintos de vida comigo e nos 03 quero tua fidelidade”, acordo foi o seguinte... [continua em outros posts]

Quero deixar claro, que tudo o que Ele me prometeu naquela vigília aconteceu em tempo futuro, sem tirar nada e sem acrescer nada das palavras que Ele me disse.

Nos acontecimentos que vou relatar a seguir também, não falarei nomes reais, preservando minha própria integridade física, emocional e espiritual. Farei isso uma vez que tenho motivos reais para auto-preservação, vocês entenderam após ler meu testemunho.

I.A - Minha Aliança com Deus - 1º. Momento

Ele me disse antes de começar a me dizer o que me aconteceria:

“Este 1º. Tempo não será nem tão bom e nem tão ruim, apenas aprenda tudo que vou lhe ensinar. E cuidado com a língua de sua mãe, porque da boca de sua mãe saem muitas palavras torpes”.

1. “Vou te tirar da casa de teus pais e te farei morar só”.

2. Te mostrarei novos povos

3. Te mostrarei outros filhos meus

4. Te mostrarei muito do meu poder, aquele poder que pedistes para ver tu o verás

5. Te darei um dom que queres muito e serás conhecida através dele

6. Te levarei para outra terra e lá ficaras um tempo

7. Depois te trarei de volta para esta

8. Mais tarde te tirarei mais uma vez desta terra

I.A.01 - “Vou te tirar da casa de teus pais e te farei morar só”

Ele me tirou da casa de meus pais exatamente 08 meses depois desta virgilia. Vou contar como isso aconteceu...

Após uma briga familiar, por motivo de pensão alimentícia, minha mãe para pressionar meu pai e dar mais dinheiro, mandou meus dois irmãos menores pra fora de casa, para irem atrás dele. Meu pai na ocasião estava viajando e não tinha como falar com ele, já que nesta época não existiam celulares.

Explicamos a ela isso, mas ela com raiva não quis nem nos ouvir, devo explicar que meus irmãos tinha respectivamente em torno de 13 e 08 anos de idade. Pedi a ela que me enviasse atrás de pai e não ele dois pequenos, mas ela disse que eu não daria trabalho a ele e que, portanto, não era escolhida para isso. Pois bem, ela arrumou a mala de meus irmãos e os colocou pra fora de casa.

Depois que os vi saindo, fiquei muito brava, a acabamos discutindo, porque achei sua atitude irresponsável, e disse isso ela. Então ela com muita raiva de mim trancou-se em seu quarto.

Quando percebi que não tinha forma de remover da cabeça de minha mãe aquela idéia absurda, resolvi acompanhá-los por conta própria. Foi então que peguei uma mochila, coloquei duas mudas de roupa, peguei uns poucos trocados e fui atrás deles, mas infelizmente era tarde demais e não os encontrei mais na rua de casa.

Parei e pensei onde eles poderiam ter ido já que meu pai não estava na cidade. Lembrei de um amigo de infância e de sua família, nosso amigo “R”, tinha mãe advogada e pai italiano proprietário de uma famosa pizzaria foi até eles, acreditando que acharia meus irmãos lá. Mas quando cheguei pra minha surpresa não estavam, mas a mãe de R estava lá de saída para o trabalho, quando contei a ela o ocorrido, imediatamente ela cancelou seus compromissos e me levou no automóvel dela na casa dos demais amigos nossos onde eles poderiam estar. Em nossa busca desesperada, não os encontramos em lugar nenhum e faltava apenas mais uma pessoa a ser visitada.

Foi quando passando na frente da Praça da Republica de minha cidade natal, avistei meus irmãos, sentados em um banco da praça, já era noite e eles choravam copiosamente, sem rumo e prontos para dormir ali mesmo, porque não sabiam para onde ir.

A mãe de R nos levou os três irmãos, para a casa dela. Conversou com o marido, e o casal, já cansados de nos ver passar por tudo aquilo desde bem pequenos decidiram que iam entrar na justiça para pedir a nossa guarda provisória, até que algum parente nosso se prontificasse a ter nossa guarda definitiva. E assim o fizeram, e todos mais uma vez fomos para o juizado de menores, e daí meu pai já havia retornado a cidade, minha mãe já tinha voltado atrás, e a confusão estava instalada.

O juiz de menores decidiu mediante comprometimento de meu pai, que ficaríamos os três irmãos morando juntos em um apartamento que havia sido deixado na partilha de bens para meu irmão, ficaríamos sob a guarda de meu pai e sob os cuidados de uma governanta. Detalhe, minha mãe morava no referido apartamento e ela teria que sair dele para que isso pudesse ocorrer. Foi quando ela esbravejou com o juiz de menores, desacatando a autoridade, e gritou para meu irmão: “se vc for morar com suas irmãs se considere sem mãe para o resto de sua vida”. O juiz ouviu, todos ouviram, foi muita gritaria, e isso tudo no fórum da cidade. O Juiz então disse se acalmem, existem crianças presentes e amanha voltamos a conversar, já com definições.

Retornamos então para a casa de nosso amigo R, seus pais conversaram conosco e acharam por bem que nos três chegássemos sozinhos ao que queríamos fazer.

Nos trancamos em um quarto da casa para conversar, e antes que eu pudesse falar qualquer coisa, meu irmão me disse: “vou voltar pra casa da minha mãe e vou levar nossa irmã menor comigo”, eu lhe perguntei e eu? Ele me respondeu “não pedi pra você sair de casa para lutar por mim, se vira!”. Então, totalmente decepcionada com o que acabara de ouvir, argumentei, você tem noção do que está fazendo? Você está me deixando na rua, está levando a força nossa irmã caçula que não quer mais voltar, e vai levar pra cima de você mesmo toda a fúria que a mamãe antes descarregava em mim, foi então que ouvi coisa ainda pior, ele me disse “ela briga com você, porque você é burra, você tira notas baixas na escola, comigo vai ser diferente, eu sou inteligente e ela me ama”, então depois disso eu não consegui dizer mais nada.

Eu era apenas uma garota de 17 anos, com lar destruído, sem pai pra me apoiar porque minha madrasta era mais importante, sem mãe pra me apoiar porque esta só pensava em dinheiro e agora também sem irmãos. No dia seguinte, meu irmão pegou pelo braço minha irmã caçula a arrastou ela para casa da mamãe, ela chorava e me implorava pra eu não o deixarele fazer isso com ela, mas eu pensei: “vamos ficar as duas na rua?”. Eu não tinha para onde levar minha irmã. E eles foram embora.

Eu já sozinha e sem casa fiquei com a família de meu amigo R, arrumei um emprego, porque meu pai não ia mais me sustentar, ate que um belo dia meu pai por ciúmes do pai de R que me tratava como sua filha, resolveu me tirar de lá. Ele me colocou para morar com uma tia, irmã dele, numa região bem afastada da cidade onde eu tinha que andar quilômetros para pegar ônibus para o trabalho e vice-versa. Até que certa vez eu não fui trabalhar, porque adoeci e não consegui levantar, então meu pai decidiu me por em um pensionato só para mulheres mais próximo do meu trabalho, e foi uma das piores experiências que tive, foi tão ruim que não suportei e mudei para o escritório de meu pai.

Quando me vi sozinha morando num lugar que era em cima do escritório de meu pai, foi então que me dei conta que todo aquele “reboliço” se deu para se cumprir o que o Senhor falou: “Vou te tirar da casa de teus pais e te farei morar só”.

I.A.02 - Te mostrarei novos povos, te mostrarei outros filhos meus

No cumprimento desta promessa foi até relativamente simples, diante de outras, que vem ai pela frente.

Realmente conheci outros povos sem mesmo sair do Brasil, entrei em contato com imigrantes de países diversos e brasileiros de outros estados, que no pouco que ficamos juntos houve uma boa troca de experiências a cerca de Deus e sua forma de vê-lo.

Aprendi muito com cada uma destas pessoas, mas isso fica para um próximo post mais a frente, já que são muitas histórias diferenciadas. Aqui estou apenas deixando registrado que de fato se cumpriu mais uma palavra do Senhor dita naquela virgilia para a minha vida.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

I.A.03 - Te mostrarei muito do meu poder, aquele poder que pedistes para ver tu o verás

Ainda antes quando era bem pequena, tempos em que assistia aos filmes bíblicos que se apresentavam nas sessões da tarde ou nas noites de tempos de festas religiosas, e até mesmo por motivo de estudar sempre em colégio de freiras, eu era muito curiosa a cerca das maravilhas que Deus fazia, meu principal ponto de referencia era o Velho Testamento, queria ter tido a oportunidade de conhecer Nosso Deus Pai do Velho Testamento, ficava encantada com as maravilhas que me eram relatadas, não que não tivesse curiosidade a cerca dos milagres de Jesus, não era isso.

Mas me fascinava a idéia do Rei do Universo, o Criador de todas as coisas, enviar comida do céu para as pessoas, falar com muitos profetas, e ate sua sombra falar com Moises. Em meus sonhos de criança por muitas vezes desejei ser Moises para que Deus falasse comigo também.

A idéia de ver tais maravilhas foi morrendo conforme eu orava e achava que Deus não me atendia, foi então que fui ficando descrente ainda muito pequeninha. Mas devo dizer que em minha primeira infância, pedi muito ao Senhor para ver tais maravilhas...

E não é que Ele resgatou esse velho pedido? Deus é lindo! Meu Paizinho é o máximo! Ele não me deixaria morrer sem ver suas maravilhas e seus milagres... vou contar como vi pela primeira vez, mas garanto a vocês que Ele me mostra até nos dias de hoje, em muitas situações diferentes.

Para contar como aconteceu a primeira vez que vi uma maravilha real de Meu Senhor, vou abrir mais um post, que chamarei de “A História de Mateus”, porque envolve outras pessoas e a historia é longa, lembrando que o nome Mateus não é verdadeiro, o Nome da pessoa em questão é outro.